sábado, 30 de março de 2013

A procura da Yoga no Brasil


Apos me mudar para o Brasil, foi difícil encontrar alguma escola de yoga que pudesse ensinar não apenas os asanas mas a filosofia hindu e tudo o que representava a Yoga. Na Califórnia era fácil ouvir os ensinamentos védicos em um encontro de Bhakti Yoga, ou algum estúdio que tivesse um professor aberto a compartilhar suas vivencias ou criativo o suficiente para ler algum trecho do "Bhagavad Gita" convidando a contempla-lo durante os asanas ensinados.

Comecei a procurar primeiramente os grupos de kundalini yoga em São Paulo. Inscrevi-me em um modulo avançado de professores de kundalini no ashram da Subagh Kaur na Serra da Cantareira. E aquele local ficou sendo meu conforto e ponto de referencia ate os dias de hoje. Subagh tem um lindo espaço no meio da reserva florestal. A americana sikh mudou-se com o marido brasileiro para juntos expandir as técnicas da kundalini e a cultura do sikhismo pelo Brasil.

Yogi Bhajan por ser Sikh e por ensinar a Kundalini Yoga no Ocidente, começou a atrair muitos seguidores não só pelos ensinamentos da yoga sagrada da kundalini mas também pelo sikhismo. Muitos se converteram, e eu particularmente tenho uma admiracao e uma simpatia muito forte pela religião.

A história do Sikhismo começa com Nanak, um filho da casta governante/guerreira, que viveu entre 1469-1538 e nasceu no norte da Índia. Ele foi influenciado por homens "santos" dos ramos místicos, Bhakti do hindu e Sufi do islâmico. O Guru Nanak acreditava em um ser supremo e determinou que todas as religiões utilizavam nomes diferentes para a mesma divindade, a qual ele chamou de "Sat Nam" (Nome Verdadeiro). Parece que Nanak queria misturar o hinduísmo e o islamismo (Sikh é o nome hindu para discípulo). Acredita-se verdadeiramente em uma união de castas e religiões e ate fazem uma cerimonia onde comida e distribuída entre todos.

Apesar de ter uma empatia muito grande pelo sikhismo, nunca deixei de estudar e me interessar pelo hinduísmo, e fui em busca de ensinamentos em São Paulo. Comecei a ler os livros de Hermógenes (nosso pai da yoga brasileira). E aos poucos fui experimentando varias aulas em estúdios diferentes.

Lygia Lima foi uma das minhas primeiras professoras. Suas aulas me lembravam das tao requisitadas aulas onde Brian Kest, Shiva Rea, James Brown lideravam a costa californiana, em Santa Monica. Lygia me ensinou como ninguém a ter uma consciência corporal mais aguçada, e aprendi muito a conciliar a filosofia com a pratica. Ela sempre enfatizou o reflexo do que fazíamos no tapetinho com nossas atitudes e pensamentos no dia-a-dia. Gracas a ela, foi plantada a sementinha de um projeto mais a fundo com meus atletas.

Ainda gosto muito da visão americana, e Charlie Barnet, fundador do Yoga Flow na Vila Nova Conceicao, criou um espaço holístico onde o Yoga e aprofundado em diversas facetas. Não perco um encontro de Bhakti Yoga ou Kirtan onde a yoga e canalizado para mantras e cantos devocionais. As aulas de diversas linhas e abordagens também são incríveis.

Alguns anos se passaram e a vontade de ir a India aumentou. Foi assim que conheci o trabalho de Marco Schultz. Fui convidada por uma amiga a participar de um retiro e olhando seu site vi que ele levava um grupos a India todos os anos. Fui nesse retiro e foi o maior presente que pude ganhar. Foram dias maravilhosos e me identifiquei com os ensinamentos de Marco e todos seus convidados. Inclusive tive a honra de conhecer Hermogenes pessoalmente. Daquele dia em diante segui todos os satsangs, retiros, encontros do Marco e inclusive a viagem a India.

www.simplesmenteyoga.com.br
www.lygialimayoga.com.br
www.yogaflow.com.br

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