Apesar de gostar e respeitar o branco nas vestimentas como uma professora de kundalini yoga, cores sempre fizeram parte da mim. Tanto na minha casa, como no meu consultório, quanto nas minhas roupas, e nos meus turbantes durante as aulas.
Talvez as cores definam minha integracao com o mundo. Gosto de ver o mundo colorido apreciando as diferenças e a individualidade de cada pessoa. Dificilmente enxergo o mundo preto e branco, antes devido a minha condicao de terapeuta e hoje muito mais com a yoga, afinal todos os pontos de vista são bem vindos, não existe certo ou errado, preto ou branco, e sim vários tons de cores.
A kundalini yoga representa para mim uma das cores mais lindas do arco-iris. E ela que me eleva, que me faz conectar com a energia sutil do Ser, e me leva para o estado de profundo "bliss", como um "natural high" ou êxtase, cada dia mais agradecida pela vida e por existir… Sim, profundo! Mas ela não e o único caminho, ou talvez eu precise de outras cores para completar meu eu.
Pratico todos os tipos de yoga, afinal yoga e yoga. Você terá os mesmo beneficios, talvez em níveis diferentes, mas os mesmos! Adoro a fluidez do Vinyasa, o alinhamento do Iyengar, o relaxamento do Nidra… Entoar os mantras védicos me faz conectar com a energia sutil também. E as diferentes meditacoes me faz experienciar inumeros beneficios.
E assim, em constante movimento transitando em "diferentes yogas", transito em diferentes situacoes na minha vida: obstáculos e conquistas, perdas e ganhos, alegrias e tristezas. Transito nas inúmeras personagens do meu ser: a professora de yoga, a praticante, a psicologa desportiva, a esportista, a mulher, filha….. Circulo em qualquer local, seja no boteco ou na festa "high society"… Tenho amigos de vários jeitos e varias tribos.
Sem personalidade? Não, apenas não me identifico com o unico. Sou curiosa e aventureira por natureza.
Há anos que a yoga faz parte da minha vida e por isso acabei me relacionando com muitas pessoas desse circulo. Adoro circular entre as diferentes tribos da yoga. Pessoas que conheci em retiros, viagens de peregrinacao, cursos… são tantas pessoas queridas que as vezes não nos falamos com frequência mas sinto a presença de todos muito intensamente.
Alguns dias atrás conclui mais um curso de formacao que durou o ano todo. Não tem como essas pessoas do curso não serem importantes. Investigamos juntos. Crescemos juntos. Choramos e rimos juntos. Não são apenas amigos, e uma forca sagrada que nos une.
Outro dia no satsang do Marco Schultz, encontrei duas amigas mitras que conheci há 2 anos atrás na Índia, e que não via desde então. O contexto do satsang requer silencio, e foi no nobre silencio em nos que percebemos que o encontro não precisava de palavras… Os olhares, os abraços e as lagrimas disseram tudo!